Estratégias de pricing que estão no radar das grandes empresas
Ricardo Forte
23 de junho de 2025
Em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico, o preço deixou de ser apenas um número associado a um produto ou serviço. Hoje, o pricing se tornou uma ferramenta estratégica, fundamental para alavancar receitas, conquistar mercado e manter margens saudáveis. Grandes empresas, de diferentes segmentos, estão cada vez mais sofisticadas na forma como constroem e ajustam suas estratégias de precificação. Neste artigo, exploramos as principais abordagens de pricing que estão no radar das corporações mais bem-sucedidas — e por que elas funcionam.
O Novo Papel do Pricing no Cenário Corporativo
Se antes o preço era definido com base apenas em custos e uma margem desejada, hoje ele se transforma constantemente a partir de dados em tempo real, comportamento do consumidor, ações da concorrência e até variações de clima ou economia. O pricing moderno é:
- Dinâmico: adapta-se a diferentes contextos.
- Personalizado: leva em conta o perfil do cliente.
- Científico: fundamentado em dados e testes.
- Integrado: conecta marketing, vendas, logística e finanças.
As empresas que investem em estratégias robustas de pricing conseguem capturar valor de forma mais eficaz, evitando a guerra de preços e posicionando seus produtos de forma mais inteligente no mercado.
Pricing Dinâmico
O que é: ajustar os preços em tempo real com base em demanda, concorrência, horário, perfil do consumidor, etc.
Quem usa: Amazon, Uber, companhias aéreas e até supermercados.
Por que está no radar: a flexibilidade dos preços permite capturar a disposição a pagar de diferentes perfis de cliente e otimizar lucros em picos de demanda. Com o avanço da inteligência artificial, essa prática se tornou mais precisa e escalável.
Exemplo: a Uber aumenta os preços em horários de alta demanda (surge pricing). A Amazon altera valores de milhares de produtos diariamente com base no comportamento de compra e da concorrência.
Precificação Competitiva com Monitoramento em Tempo Real
O que é: acompanhar e reagir aos preços dos concorrentes automaticamente.
Quem usa: grandes varejistas como Magazine Luiza, Amazon, Carrefour.
Por que está no radar: com soluções de monitoramento de pricing e inteligência competitiva, as empresas conseguem evitar a perda de mercado e ajustar margens com base em dados precisos e atualizados.
Precificação Baseada em Valor
O que é: definir o preço com base no valor percebido pelo cliente, e não apenas em custos ou concorrência.
Quem usa: Apple, Tesla, Salesforce.
Por que está no radar: empresas com produtos ou serviços diferenciados querem capturar o valor real que geram, e não apenas competir em preço. A precificação baseada em valor depende de um profundo entendimento do cliente e de métricas de sucesso claras.
Exemplo: A Apple cobra mais por seus produtos porque o consumidor percebe um valor superior em design, performance e ecossistema.
Precificação Psicológica
O que é: usar gatilhos psicológicos na definição do preço (ex: R$ 99,90 em vez de R$ 100).
Quem usa: redes de varejo, fast fashion, e-commerce, plataformas de streaming.
Por que está no radar: ainda que pareça um truque antigo, novas abordagens (como testes A/B online e análise de comportamento digital) permitem aplicar esses gatilhos de forma mais eficiente e com mais ciência por trás.
Pricing por Assinatura
O que é: cobrar valores recorrentes por uso contínuo de um produto ou serviço.
Quem usa: Netflix, Adobe, academias, plataformas SaaS (software como serviço).
Por que está no radar: o modelo de assinatura permite previsibilidade de receita, aumento do valor do ciclo de vida do cliente (LTV) e fidelização.
Tendência: empresas tradicionais, como montadoras e eletrodomésticos, estão testando esse modelo. A Volvo, por exemplo, oferece carros por assinatura.
Conclusão
Empresas líderes estão indo além da intuição e da simples comparação com a concorrência. Elas tratam o pricing como uma ciência estratégica, baseada em dados, automação e experimentação contínua.
Nesse cenário, contar com plataformas especializadas faz toda a diferença. O Zukkin, por exemplo, oferece soluções robustas em inteligência de dados e estratégias de precificação, ajudando empresas a identificar oportunidades, ajustar preços com agilidade e aumentar a rentabilidade de forma sustentável.
Se sua empresa ainda trabalha com preços fixos e sem análise de dados, talvez seja hora de repensar sua abordagem. O futuro pertence a quem entende — e precifica — com inteligência.
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